No início da apresentação do iPad por Steve Jobs, uma lâmina mostrava uma imagem de Deus entregando seus mandamentos acompanhada de uma declaração do famoso jornal Wall Street Journal: “Na última vez que houve tal entusiasmo a respeito de um tablete, haviam alguns mandamentos escritos nele”. Ainda que um pouco arrogante, esta frase captura de maneira poderosa a essência do evento.
Enquanto especialistas em tecnologia estão comentando as qualidades do iPad, o que me atordoa é o nível de agitação que o evento criou. Na terça, um dia antes do produto ser revelado, uma busca por “Apple tablet” na Web produzia mais de 17 milhões de entradas! Na quarta, hordas de pessoas assistiam as notícias da apresentação remotamente. Todo mundo estava ansioso, esperando a interpretação da Apple do que é um computador-tablete.
Foi a validação do peculiar processo de inovação da Apple: insights não se movem dos usuários para a Apple, mas sim, de outra maneira. Mais do que a Apple estar nos escutando, somos nós quem escutamos a Apple.
[Leia o resto do artigo Apple’s Secret? It Tells Us What We Should Love de Roberto Verganti no blog The Conversation da Harvard Business Review]