Por Vanessa Nunes
Macmaníacos, uni-vos. E nem precisa chamar duas vezes.
Diante de um convite para participar de algo relacionado à Apple, pode ter certeza que a comunidade de usuários – e fãs – de produtos com a grife de Steve Jobs comparecerá em massa. Tanto que as 60 vagas para um encontro de macmaníacos na última sexta-feira numa loja de um shopping da Capital se esgotaram duas semanas antes.
Para se ter uma ideia, um dos organizadores do evento assina RudiMac. Rudimar Serves – seu verdadeiro nome–, designer de 51 anos, integrante do grupo Mac Maníacos, explica:
– Adotei o nome por adoração e fé em São Steve Jobs.
E isso diz muito sobre a comunidade. Entre os usuários de Mac, Luiz Ernesto Pellanda, 73 anos, é chamado de “mestre”. Foi ele quem começou, em 1979, o Brasil Apple Clube, grupo de adoradores de produtos da Apple. Em uma viagem aos Estados Unidos, trouxe o legendário Apple II, primeiro computador pessoal a fazer sucesso comercial. O concorrente IBM-PC, com sistema operacional Microsoft DOS, só seria lançado em 1981.
Ao encontro de macmaníacos, Pellanda levou sua coleção particular de Macs antigos e fez uma palestra sobre suas três décadas de afeição à Apple. Ele tem mais tempo de macmaníaco do que os universitários Matheus Gibiluka e Marcelo Travi têm de vida. Os dois – respectivamente 17 e 19 anos de idade – se conheceram e ficaram amigos por causa de um interesse em comum: produtos da Apple. Ambos foram ao mac encontro. E devidamente paramentados, como muitos lá: com o MacBook na mochila e o iPhone no bolso.
– A comunidade é muita unida – diz Marcelo.
Mas o que esses produtos têm de tão especial?
– Não é pela marca, pelo design. É a experiência de uso – diz Matheus.
Não adianta insistir: é como se cada macmaníaco fosse um embaixador voluntário da Apple. E sem ganhar nada, pelo contrário. Que o diga o médico Paulo Guedes, 51 anos. Ele tem MacBook (portátil), iMac (desktop), iPhone e três iPods. Por influência sua, os dois filhos também laptops, celulares e MP3 players com a marca da maçã.
– O meu gasto com a Apple dá pra comprar um apartamento – brinca.