Uma das aplicações matadoras do iPad, o iBooks, não virá pré-instalada no tablete eletrônico, segundo informações do Daring Fireball. Uma das motivações poderia ser a facilidade em atualizar o software mais frequentemente. Se viesse embutida, a aplicação estaria amarrada ao iPhone OS, sendo necessário montar uma atualização de sistema toda a vez que se quisesse atualizar a aplicação.
Esta atitude, no entanto, pode ter um lado negativo, comenta o blog Cult of Mac. Se os usuários do iPad fizerem uma busca por um leitor de livros eletrônicos e não souberem da conexão da Apple com o iBooks, poderão baixar o aplicativo Kindle para o iPad. Ou seja: sem querer, vão aumentar a participação da concorrente direta da Apple no mercado de e-books: a livraria virtual Amazon.
Livros eletrônicos serão vendidos com DRM
Outro fator que pode causar mal-estar nos consumidores é a liberdade que a Apple dará às editoras para decidirem se seus livros serão vendidos com proteção à cópia ou não. Segundo o Los Angeles Times, algumas editoras irão optar por não usar o FairPlay, como a O’Reilly — que critica esse tipo de recurso anti-pirataria há tempos abertamente. No entanto, a grande maioria deve adotar o DRM, pelo menos no início.
O formato de livros eletrônicos ePub é aberto e livre, mas pode ser empacotado com algum tipo de controle contra cópia, assim como o FairPlay. Outra empresa que adotou o formato ePub com esse tipo de controle foi a Adobe com o Content Server e o Digital Editions. É quase certo que os formatos não serão compatíveis e que o software desenvolvido pela Apple não será compatível com outros formatos de ePub sem DRM.
[Com informações da MAC+]