Parece que a Intel sentiu o baque e está se mexendo para arranhar mais a imagem da sua antiga aliada Apple, lançando uma campanha de marketing que faz uma “comparação real” entre PCs e os novos Macs.
Com o título de “Justin Gets Real” — algo como “Justin Cai na Real” —, a nova campanha é estrelada por Justin Long, o mesmo ator que fazia as vezes do Mac na divertida campanha “Mac x PC” (lembram do bordão “Olá, eu sou um Mac”?).
A série de anúncios sempre inicia com Long falando “Hello, I’m a… Justin” em vez de “I’m a Mac”, que continua: “apenas uma pessoa real fazendo uma real comparação entre Mac e PC”.
Cada filme debocha de algum aspecto negativo dos computadores da Apple, como não se ter um modelo com tela de toque, o suporte a um monitor externo de cada vez, a Touch Bar do MacBook Pro que é pequena, falta de jogos, de flexibilidade ou de mais opções.
A campanha é, de alguma maneira, uma resposta ao lançamento do Apple Silicon M1, anunciado em novembro de 2020, que, no final da apresentação, trazia “One More Thing”: o ator John Hodgman retornava como “PC” e perguntava “por que fazer todos estes avanços”, que ele “continuava rápido”, e que “sempre esteve aí” e que “sempre estará” [no mercado de computadores].
A Intel até pode ter razão nas suas alegações, mas a questão não é o agora, é o depois. Como estará o desempenho dos computadores da Apple em 2 ou 3 anos? Qual será a reação do mercado no futuro? E se os fabricantes de computadores pessoais reconsiderarem sua lealdade à arquitetura x86?
Vamos lembrar que o Windows já tem uma versão ARM e que seus próprios equipamentos não usam um chip Intel. Certamente a maior fabricante de processadores do mercado está preocupada com isso e já está se preparando para a tempestade que se anuncia.